Jesus é um divisor de águas. A partir dele tudo muda, ele agora dá o tom. Tudo que fora apresentado antes deles caducou. Era pra ser assim! No entanto, os religiosos da época de Jesus queriam enquadra-lo no seu sistema religioso.
A religião e seus ícones foram necessários até que Jesus viesse.
Eles serviram como meio de revelação, até vir a revelação máxima. Todos os elementos importantes da religião judaica apontavam para Jesus: o sábado, o templo, os sacerdotes, os sacrifícios, a arca, as festas.
Mas, com a chegada de Jesus era necessária mudança.
Em Jesus, o templo somos nós, todos somos sacerdotes, o sacrifício já foi feito, as festas perderam sentido, a arca é a sua presença – no VT quem tocava na arca morria… No NT quem tocava em Jesus era curado.
Os que não queriam as mudanças interrogavam a Jesus pelas mudanças já processadas.
Por que vocês comem e bebem com publicanos e pecadores?
O chamado de Jesus é pra comer e beber com ele, provar da Graça. Comer junto significava pedido de amizade, reconciliação, aceitação, perdão.
Por que os discípulos de João jejuam e oram com frequência e os seus não?
Com Jesus presente na vida não há necessidade de ascetismo, práticas penitenciais. Na presença do noivo não cabe jejuns, pois o noivo preenche todas as nossas necessidades. Jejum é para o momento de secura espiritual, momentos de desertos. Momentos que são pessoais e nunca institucionais.
O jejum que o Senhor entende (Is.58: 6).
Deus não responde nossas orações porque jejuamos, mas porque temos uma atitude correta.
O que impede as mudanças são nossos paradigmas admitidos como certos sempre.
“O mais difícil dos conceitos pode ser explicado ao mais limitado dos homens se ele já não tiver uma ideia formada a respeito dele; porém a coisa mais simples não pode ser esclarecida ao mais inteligente dos homens se ele estiver persuadido de que já conhece, sem sombra de dúvida, o que está sendo colocado diante dele” – Leon Tolstoi.
Os religiosos queriam um pouco do novo colocado sobre o velho – pano novo em pano velho estraga o novo e arrebenta o velho.
Eles preferiam beber o vinho velho em odres novos.
O judaísmo não cabe no evangelho. Os religiosos não aceitavam Jesus como sendo o novo, pois não queriam abrir mão de suas práticas religiosas. Queriam Jesus, mas queiram também manter os costumes de sua religião.
A religiosidade aprisiona o ser humano e não lhe dá chance de mudar.
Para ser um discípulo de Jesus deve estar aberto para mudança.
Em Jesus, toda prática religiosa anterior caducou, não serve mais: a circuncisão, as festas, o sábado, os sacrifícios, o templo. O que Jesus trouxe exige de nós uma mente nova, novos paradigmas.
O autor de Hebreus diz que é para os irmãos fixarem seus pensamentos em Jesus (Hb.3:1).
João afirma que Moisés trouxe a lei, mas Jesus trouxe graça e verdade, enquanto que o autor de Hebreus insiste no fato de que Jesus é maior do que Moisés.
Olhai para Jesus, o autor e consumador da nossa fé. Ele é que começa e é ele quem conclui.
Jesus é o novo de Deus que não cabe nas religiões, mas apenas em uma nova mente e um novo coração.