Neste verso vemos: Um sujeito, uma ação, uma consequência, uma finalidade. O sujeito é Deus. A ação é o amor. A forma de amar foi dar seu filho. A finalidade é para que todos não pereçam, mas tenham a vida eterna.
Deus amou o mundo de tal maneira.
A maneira de Deus amar o mundo foi ir até as últimas consequências a ponto de sacrificar o seu próprio filho. Ele o fez para que todos que cressem nesse filho tivessem a vida eterna.
Por ser Deus imaginamos que amar tenha sido algo muito fácil já que havia um plano e proposito precioso. Não pensamos o tamanho da dor que ele sofreu nesse sacrifício.
Abraão é um personagem bíblico muito especial.
Ele foi escolhido para ser uma espécie de figura do Pai quando lhe foi exigido que sacrificasse seu próprio filho (Gn.22).
A caminhada de Abraão até o monte Moriá onde seria feito o sacrifício foi estressante, aterrorizante. Durou três dias, mas pareciam uma eternidade.
Durante aqueles 3 dias o que se passou no coração daquele pai?
Que pensamentos o aterrorizavam naquele trajeto?
Será que se revoltava com Deus pelo fato de ter que fazer algo tão terrível e que não tinha forças para não fazê-lo?
No entanto no último minuto, quando já ia sacrificar Isac, um anjo do céu falou com ele que não seria necessário cumpri tal tarefa.
Abraão não teve que sacrificar seu filho fisicamente, apenas no coração. Ele teve quem o livrasse daquela tarefa terrível. Isac foi livre!
Enquanto Abraão fez uma caminhada de três dias até o lugar do sacrifício, o Pai celestial fez uma caminhada muito mais longa, da eternidade até o calvário. Pelo menos 4000 anos de história até o nascimento de Jesus e uma caminhada de 33 anos até o dia fatal. Todo esse tempo Ele caminhava para o momento em que seu filho seria sacrificado.
O que se passava no coração do Pai?
Quanta dor sofreria já que teria de abandonar seu filho?
O amor, apenas o amor o impulsionava para o sacrifício.
Deus não tinha quem o livrasse de ter que sacrificar a Jesus.
Quando o dia se aproximava o clima na alma do filho esquentava a ponto de ficar angustiado, aflito, precisando de ajuda de meros mortais.
Ver o seu filho angustiado em sua alma não causou nada ao Pai?
Vê-lo sendo envergonhado, mutilado, esbofeteado, humilhado não lhe causava nenhuma dor?
Ele nos amou de tal maneira.
Ele não podia atender a oração de clamor de seu filho fizera: “Pai porque me abandonaste?”.
Jesus foi abandonado, mas Deus sofria em ter que ver a morte de seu filho.
O amor por mim, por você, por todos nós foi maior, foi de tal maneira que deixou seu filho caminhar para a morte, para o seu sacrifício.
Ver as suas entranhas despedaçadas, suas mãos e pés rasgados, foi terrível.
“O amor todo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co.13:7).
Ver Jesus culpado por pecados que nunca cometera, pra Deus foi um absurdo, mas ver novos filhos nascendo a partir do sacrifício foi o alimento que o levou a ir até o fim.
O amor, apenas o amor o impulsionava para o sacrifício.
Deus teve que fazer morrer seu filho Jesus. Teve que ouvir seu lamento sem fazer nada, a não ser ter que sacrificá-lo como justiça para todos os homens.
Esse amor demostrado de tal maneira foi para que crêssemos em Jesus e com isso tenhamos vida eterna. Simples assim!
Qual a sua resposta a esse amor?
Esse amor te constrange a viver diferente? (2 Co 5:13-15).
Por amor a Deus enlouquecemos. Por amor aos irmãos conservamos o juízo (v,13).
O amor de Cristo nos constrange, pois morreu por todos e para que os quer receberam vida, não vivam mais para si mesmo.
Ser constrangido pelo amor de Deus é viver por Cristo.