A história da igreja cristã mostra que por muito tempo as pessoas achavam que estar próximo de Deus só era possível por meio da prática de: Rituais e cerimonialismos religiosos; liturgias; isolamento (ato de se enclausurar); sacrifícios e abstinências físicas (autoflagelação); práticas de boas obras; meditações transcendentais; da intermediação humana/idolatria; misticismo religioso; etc.
Em todo processo de busca e aproximação do homem a Deus, a história mostra que as práticas religiosas ligadas ao ambiente exterior (Um lugar de adoração, Templos, Mesquitas) foram e continuam sendo a ênfase e a base da maioria daqueles que desejam se aproximar de Deus. Jesus veio mostrar o inverso ao dizer que não se tratava de exterior, do visível, mas de interior humano. Ele só queria adoradores que o adorassem em espírito e em verdade (Jo.4).
Tudo começa dentro do homem (Jo.7:38).
Devemos nos aproximar de Deus independente de como estamos. Jesus disse: “Vinde a mim, vós que estás cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt.11:28). “… quem vier a mim, jamais rejeitarei/lançarei fora” (Jo.6:36).
Em contra partida, Deus atenta para a intenção e desejo do coração daqueles que o procuram. Deus sonda os corações e pesa os espíritos (Pv.16:2/21:2) Exemplos: Abel (pensou em agradar a Deus com a oferta em si, e esqueceu que o valor da oferta estava associada à intenção do coração); Nicodemus; o jovem rico; Davi “Deus ama a verdade no íntimo” (Sl.51:6).
Ainda que Deus nos receba com amor incondicional, no entanto, a intenção do coração do homem que o busca, é muito significativa para Ele. Não foi em vão que Jesus disse: “A boca fala do que está cheio o coração” (Mt.12:34).
Como devemos nos aproximar de Deus? Hb.10:19-22 revela cinco atitudes:
Com plena convicção de que só há um caminho. Só nos aproximamos de Deus por um novo e vivo caminho: Jesus Cristo, o grande Sacerdote (v.19-21).
Com um coração sincero (Mais sinceridade do que pureza humana). Tem a ver com ser verdadeiro e transparente diante de Deus. O que sai de nossa boca em louvor a Deus, deve ter correspondência com o que realmente tem no nosso coração. “Este povo honra-me com seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt.15:8). Ex. Davi (Pequei); O pai do menino endemoninhado (ajuda na minha incredulidade).
A atitude de arrependimento do filho pródigo/esbanjador em buscar seu pai demonstra como devemos nos aproximar de Deus: Em total humilhação e sinceridade (I Tm.1:5).
Com plena convicção de fé. Tem a ver com confiança plena em Deus; fé inabalável (Hb.11:6); andar não pelo que vê, mas pelo que a Palavra de Deus diz. Paulo afirmava: Eu sei em quem tenho crido…
Com uma consciência limpa.Tem a ver com uma vida livre da prática deliberada do pecado. O problema não está em pecar, mas amar o pecado. Ter a consciência pura, alimentada pelos princípios de Deus e que não negocia/vende suas convicções na palavra de Deus por nada. Ex. José, Daniel. Uma consciência limpa diante de Deus produz em nós a consciência de saber: Quem eu sou: Filho de Deus. Qual o sentido da minha existência: Viver para glória de Deus. Qual a minha missão na terra: Viver para servir a Deus e ao próximo. Qual o meu futuro: Estar plenamente com o Criador.
Com corpo purificado. Tem a ver com santificação e consagração de vida a Deus. Não si deixar ser conduzido pelo desejo, inclinação e concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida.
O que agrada a Deus ao nos aproximar dele é: “… um espírito quebrantado (o homem interior prostrado diante Dele; ajoelhado em pé diante do Pai) e um coração contrito (curvado e arrependido), ó Deus, não desprezarás” (Sl.51:17). É fundamental nos ajoelharmos diante de Deus não apenas com os joelhos, mas também com a alma e o espírito.