“Bem-aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus.” – Mateus 5.8
Bem-aventuranças!
Todo discípulo de ser bem aventurado, feliz! Porque não há cristãos ordinários e extraordinários. E todos devem manifestar todas as bem-aventuranças e todas as qualidades do sermão do monte [Mt 5,6,7].
Os princípios das bem-aventuranças não são tendenciais, temperamentais, educacionais. Não se trata de prazer.
Eles levam a igreja a ser realmente o oposto, diferente do mundo. O mundo admira outro tipo de gente: os nãos felizes! Daí odeia os felizes, os discípulos de Cristo! Mas se há esse antagonismo, a lei da física diz que os opostos se atraem; a coerência é o fator de atração e quem da o resultado final.
Ainda sobre felicidade, Jesus diz que quem escolhe o Reino, escolhe a felicidade, porque o Reino determina a felicidade; e o Reino já chegou a terra. Agora sua autoridade precisa chegar ao coração.
Não se pode quebrar a sequencia.
Humildade de espírito [3], choro lamentoso [4] e mansidão [5]; vemos aqui nossa necessidade espiritual. Em quarto temos fome e sede de justiça [6], onde ha a satisfação dessas necessidades. Depois, misericordiosos [7], limpos de coração [8] e pacificadores [9] são resultados da satisfação espiritual. Perseguidos por causa da justiça [10-11] é o fruto derradeiro das oito bem-aventuranças.
Humildade de espírito leva a misericórdia. Choro lamentoso cria a limpeza de coração. A mansidão constrói o pacificador.
Definição de limpos de coração.
Os que reconhecem o pecado e lamentam-no, e confessam dia-a-dia, chegam a ter coração puro. O coração – centro da personalidade é a sede do intelecto, vontade e emoção [Mt 15.19]. O evangelho começa no coração, que também é a fonte de todas as nossas dificuldades.
É pureza interior, purificação da imundície moral. É priorizar a limpeza interna sem desprezar a externa [Lc 11.39; Mt 23.25-28]. “Deus cheira o coração!” Ele e não a cabeça é o centro de tudo. O ambiente é fruto do coração!
É ser íntegro, livre das tiranias e do “eu” dividido – duplicidade [Rm 7.22-23]. Os “olhos bons” [Mt 6.22] são reflexos de um coração sincero, que acredita mais em Deus do que em si mesmo. Tudo está às claras!
É agir em sinceridade, singeleza [Sl 24.4], não se entregando a falsidade, nem ao dolo. Viver a vida com transparência. Disposição íntima e única para temer a Deus. É ter consciência limpa e corpo preservado.
É ser sem mistura [Ap 21.27]. Sem desonestidade, dissimulação, malícia, hipocrisia ou fraude. Sem máscaras. É ser limpo como Jesus foi e é.
É descobrir que em nós nada temos nada possuímos.
É o exceder da justiça do coração sobre a justiça das regras. É ser justo nos relacionamentos, porque Deus está no meio disso tudo. Confissão de confiança em Deus; é estar no caminho novo e vivo.
Importância da limpeza cardiológica.
Só os limpos de coração verão a Deus [Hb 12.14]; a santificação foi a obra que Jesus fez sendo vítima e sacerdote.
O padrão de Deus para ver e entrar no Reino é o novo nascimento [Jo 3.1-5]. Para permanecer só com limpeza cardiológica; e o padrão se mantém.
O Éden era a prova da santidade. Na queda os olhos da moral se abriram para a culpa e a nudez. Antes, toda nudez deveria ser castigada, agora, em Cristo toda nudez será santificada!
Os limpos de coração verão a Deus.
É ver Deus agora, pela fé e no futuro ver sua glória. É vê-Lo no passado em revelação na história, nos seus feitos; na revelação presente é vê-Lo na natureza, na experiência diária. E no futuro é vê-Lo face a face, ver o seu céu [1Jo 3.2].
Aplicação.
Homens usam homens como padrão! Usam sempre o padrão menor. Mas Deus não faz concessões!
Crianças tomam banho sem se limpar, homens não! Justiça e santidade são pré-requisitos para entrar na presença de Deus [Is 59.1-2]! É preciso abrir os olhos para a purificação.
Nossa moral pré-fabricada (como a de Adão e Eva) não nos dá chance de ver a Deus [Sl 24.3-5]. Somente a presença do Espírito Santo pode nos levar a pureza de coração [Fl 2.13]. A parte humana no processo é deixá-Lo fazer [Tg 4.8].
Os puros de coração alimentam a expectativa da audiência com Deus [1Jo 3.3].