“Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo [Mt 4.17]”. A mensagem do reino é prioritária [Mt 10.7]. Jesus é a encarnação do Reino. Jesus é autoridade máxima no Reino. “Venha o teu Reino [Lc 11.2]”. Deveria ser a primeira petição. A proximidade do Reino não indica soberania do Reino.
Estar no Reino indica submissão ao Rei e as responsabilidades (dons, ministérios e serviços) dadas por ele [Lc 6.46].
Há três maneiras de desvencilhar-se das responsabilidades cristãs com o Reino de Deus:
1.Evadir-se do mundo. Quando isso acontece?
- Quando fazemos do evangelho uma mensagem religiosa que não tem relação com o mundo.
- Quando nos afastamos do presente.
- Quando desprezamos o mundo julgando-nos melhores com base num discurso de vitórias eternas, fáceis de alcançar.
- Quando queremos viver nos “campos eternos”, acima das dores, pesares, aflições.
- Quando como igreja, só atraímos os “desleais a terra” (desprovidos, débeis, fracos).
2.Secularizar-se. Quando isso ocorre?
- Ao esquecermo-nos de Deus como Senhor da terra [2Cr 29.11].
- Ao defendemos a causa e construímos “nosso próprio reino” [Gn 11.4].
- Ao não exercemos os princípios de Deus na terra [Lc 6.46].
- Ao amarmos a Terra por ela mesma – a causa da luta – Rio + 20…
- Ao atrair os “valentes”, decididos, os “filhos fieis” da terra [Ap 21.1].
3.Constrói-se uma utopia do Reino de Deus sobre a face da terra.
Queremos fazer do campo maldito um campo bendito [Mt 7.26].
Solução
Amar a Deus como Senhor da terra; amar a terra como ela é, como terra de Deus. Como?
- Ver em Jesus o Rei do Reino, criador, preservador da terra amaldiçoada por Deus, mas que já tem a semente do Reino [Lc 13.18] em gente da terra [Lc 17.21].
- Estando por “completo” na terra, sem ignorar a miséria, a fome, a morte e a maldição divina [Jr 29.7]. A justiça traz a paz!
- Saber enxergar em meio a grande agonia, sede, desalento do planeta Terra, uma revelação pessoal: Cristo ressuscitou! O milagre da vida na morte!
O Reino de Deus só estará onde Deus estiver. Estando em nós, o Reino rompe, nega, supera e aniquila todos os “reinos” da terra. Como Reino de ordem, ele pode afirmar e manter a terra, suas leis, suas gentes e sua história.