Comunhão (gr. Koinonia) fala de sociedade, fraternidade, comunidade, intimidade, compromisso; é uma oferta que se dá como sinal de compromisso e intimidade. Diferente de comum (gr. Koine), aquilo que é de todos. A comunhão nos leva ao que é comum, àquilo que é de todos, com todos e para todos. Mas o que é comum pode não levar a comunhão.
Pensamos a comunhão como um esforço pessoal para conhecer ou fortalecer uma amizade. Mas assim como a unidade já foi estabelecida por Cristo, a comunhão, também. Deus x humanidade; Cristo x igreja; Pedro, João e Tiago x Paulo.
1. A comunhão com a trindade é um estado de ser e não um processo; mostra o que vivemos com Ele – ouvir, ver, contemplar (olhar fixamente com propósito, desejo, admiração), apalpar (como um cego tentado com as mãos reconhecer os traços do rosto de alguém) [1]. Vivemos a comunhão quando somos inseridos na comunhão! Ela não é o final, mas o início!
2. A comunhão com a trindade é aquilo que testemunhamos (que afirmamos por estarmos presentes) e anunciamos (proclamamos, noticiamos como algo novo) [2,3] “Eu cri, por isso falei”. Aquilo que vemos e que se torna novo dia-a-dia, revela a existência da comunhão. A comunhão torna presente o que é presente.
3. A comunhão com a trindade nos mantém na luz (no brilho, no fogo, no calor) e na verdade (no fato, na realidade) [6-8].
a. Por que Deus é luz completa e desassociada inteiramente das trevas [5].
b. Por que a verdade, a realidade, se recusa a andar nas trevas, na escuridão [5].
c. Por que a purificação do sangue só pode ser experimentada por quem anda (comportamento) na luz [7]. Por quem olha para o pecado como Deus olha [9].
d. Por que é na luz que somos protegidos do engano (desvios, perdição, ficar vagando) [8].
4. A comunhão prioriza o Pai, o Filho (Jesus Cristo), e ela nos mantém (ter com firmeza, controlar, segurar, possuir, envolver) na comunhão uns com os outros [3]. Não há comunhão entre pessoas se não há comunhão com a trindade. A relação divina marca a relação humana! Relacionamentos são apenas ferramentas para a restauração (obra do Espírito Santo).
5. A comunhão com o Pai, Filho e com seres humanos tornam nossa alegria (júbilo, satisfação, regozijo, contentamento, sucesso) completa (abundantemente plena, totalmente cheia) [4]. A palavra alegria é usada cinco vezes no NT; quatro em João. Aquilo que todos buscam tem sua existência e satisfação total na comunhão.