“Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17).
O Novo do ponto de vista terreno e humano é relativo, porque a vida é uma repetição de fatos (Ecl.1:9-11). O que é novo pra um, pode ser velho pra outro. Ex. O que eu já conquistei outro ainda vai conquistar. O sonho que se tonou realidade pra mim, ainda vai acontecer na vida de outros.
O Novo do ponto de vista de Deus é absoluto, porque nunca envelhece, é útil em qualquer tempo. O novo de Deus tem a ver com a essência e não com a aparência. “Faço novas todas as coisas” (Apc.21:5).
Quando Deus está presente na vida de uma pessoa o novo é contínuo “… assim andemos nós também em novidade de vida” (Ro. 6:4). Isso quer dizer que experimentar o “ser nova criatura” não se trata de transição de dia, de ano, de calendário, etc. Antes de qualquer coisa é presença ativa do Espírito de Deus gerando mudança contínua de vida (no modo de viver; pensar; fazer; relacionar-se consigo mesmo, com o próximo e com Deus; trabalhar, tratar os problemas da vida, etc.). Nova criatura implica em viver em conformidade com o modo de viver de Cristo.
“As coisas velhas” dizem respeito à natureza interior antiga de alguém que agora está em Cristo (vã maneira de viver/ Gl.5:16-26) e não às coisas aparentes, visíveis. Em contra partida, para que a nova natureza se manifeste em nós, há muitas coisas do ano velho que precisam se tornar coisas novas em nossas vidas, porque na verdade nunca as usamos. Para que uma coisa se torne velha é preciso primeiro ser usada. Tem gente jogando fora o bebê junto com a água suja. A grande questão é: O que vamos fazer com tudo que aprendemos e ouvimos no ano que passou? Vamos jogar no baú e trancar com sete chaves, ou vamos usar para sermos renovados em Cristo? “Feliz Ano Velho”; “Panela velha é que faz comida boa”.
O fim é relativo, porque o que agora é fim para um, pode ser o começo para outro. No final do ano se finda o calendário e muda-se a data, mas isso não quer dizer que houve conclusão de tudo, ou mudança de vida.
“Eis que tudo se fez novo” diz respeito ao viver o agora, o cada dia, o momento presente, sob a influência Daquele que faz nova todas as coisas. É pegar as coisas boas do ano que passou e que não praticamos e viver hoje. Tudo deve ser novo primeiramente na vida interior deste alguém que está em Cristo. É viver o agora com o pensamento nas coisas lá do alto (Cl.3:1-10 / Fp.4:8-9).
O ano de 2015 é um ano desafiador para a Casa do Senhor, porque será uma ano de retomada de crescimento em todas as áreas: Discipulado, Pequenos grupos, Forte Jovem, no tempo de oração e leitura da Palavra, no testemunhar e compartilhar o Evangelho com o próximo, etc.
Um Final de ano tem diversas roupagens, porque primeiramente é gerado na cabeça de cada um. É cada pessoa que cria a forma como quer passar seu final de ano. Mas para quem quer ganhar tempo, o importante mesmo é vivenciarmos com toda intensidade este dia, fazendo dele uma grande festa. Mesmo consciente da não intermitência do tempo, opto por fazer do Final do Ano um motivo de festejar a vida com a Vida e com quem tem vida. Um feliz Final de Ano e um abençoado Ano Novo!