Paulo fala no capítulo anterior sobre a diferença entre o ministério da lei e o ministério do Espírito Santo.
Antes o que Israel tinha era o ministério que trouxe a morte que fora gravado em pedra – a lei. Tinha sua glória porque Moisés quem a recebeu ficou com a face transfigurada a ponto dos israelitas não puderem fixar os olhos nele.
A lei foi substituída. Não mais uma lei gravada em pedras, mas gravada na mente e no coração. Este é o ministério do Espírito Santo, muito mais glorioso porque nos trouxe a justificação (2 Co 3:9).
Se o que trouxe condenação tinha sua gloria, quanta glória tem o que trouxe a justificação?
O tesouro que está no vaso de barro é essa justificação que veio pela graça do Pai.
Nessa graça está a nossa confiança. Nossa segurança não esta no invólucro, mas no tesouro.
Quem confia na lei mantem um véu sobre o rosto para esconder de fato quem é. Quem mantém o véu, terá sempre a face desfigurada coberta.
Quem mantem o véu pratica hipocrisia que mata crente e o transforma em zumbis evangélicos. Foi por causa da hipocrisia que Ananias e Safira morreram.
Quem confia na graça de Deus sabe que é de barro e que a excelência não está em si mesmo, mas no tesouro depositado por Deus.
Este compreende que não há necessidade de disfarces, de véu, pois sua confiança está na graça de Deus.
Quem confia no tesouro que está dentro de si mesmo mantém a sua face descoberta e terá a sua imagem transformada na imagem de Jesus.
Somos vasos barro.
É preciso reconhecer nossas limitações, nossa humanidade, nossos erros.
Quanto mais eu compreendo minha humanidade mais eu dependo da graça de Deus. Quanto mais eu sei que sou barro, que em mim há um tesouro precioso, e que me foi dado de graça, mais evidente fica o poder de Deus na minha vida.
Isto não significa que devo pecar mais para que mais de Deus seja visto em mim. Não! Significa que quanto maior consciência da minha humanidade caída, maior consciência eu tenho da graça de Deus em mim, e maior valor darei a essa graça em mim.
Somos como barro que contem um grande tesouro.
Pressionados todos os dias, mas nunca desanimados.;
Perplexos diante da vida, mas nunca desesperados;
Perseguidos, mas nunca abandonados;
Abatidos, mas nunca destruídos.
Nosso corpo traz o morrer a fim de que a vida de Jesus seja revelada.
Sem reconhecer a morte em nós nunca experimentaremos a vida que vem de Jesus.
Reconhecer a humanidade como barro significa estar entregue a morte todos os dias a fim de experimentar vida.