Paulo fala aos coríntios sobre os problemas que encontrara na igreja. Não eram problemas estruturais ou metodológicos, mas na qualidade dos crentes. Eles não eram espirituais e sim carnais e o eram porque não passaram da fase infantil da vida cristã e por isso não podiam receber alimentos mais sólidos necessitando sempre do mesmo leite inicial.
Eram gente invejosa, criadores de divisões na igreja e mundanos. Eles se dividiam até sobre quem era o seu líder. Paulo os corrige afirmando que ninguém é nada, Deus é tudo, apenas somos cooperadores de Deus, Ele é quem da o crescimento.
Sobre si mesmo disse que apenas, pela graça de Deus, lançou o fundamento e que agora cada um deve atentar sobre o que constrói sobre tal fundamento.
Paulo estabeleceu quatro princípios:
1. Não há outro fundamento a não ser Jesus Cristo.
Isso aqui parece obvio, mas erramos naquilo que está claro mais facilmente do que naquilo que ainda é mistério.
É necessário voltarmos a Jesus para fortalecer nosso fundamento.
Você constrói sua vida espiritual sobre o que ou quem?
Tem gente que constrói sobre sua teologia, sobre sua igreja, sobre sua doutrina institucional.
O fundamento é Jesus Cristo
Não são os profetas, sacerdotes ou reis de Israel. Não é Paulo, Pedro, Maria, Tomaz ou quem quer que seja, mas apenas e somente Jesus.
O esporte tem seus fundamentos que tem que está bem estabelecido no atleta mesmo ele sendo um gênio.
Os fundamentos de Jesus são: amor, perdão, comunhão, misericórdia, Graça.
2. Há uma responsabilidade pessoal em construir sobre esse fundamento.
Cada um constrói ou deixa construir no seu fundamento ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha. É preciso construir algo que permaneça, pois será provado.
O Dia trará luz sobre sua obra.
O Dia é o encontro com Jesus e a obra é sua vida no meio das pessoas. Não se trata de suas realizações, de quantas pessoas levou para igreja. Não se trata de ter construído uma catedral com muitos membros. Trata-se a penas de como viveu diante dos homens, se sua vida mostrou a face de Jesus.
Diante de Jesus nós saberemos se o que fizemos foi bom, se permaneceu ou não.
3. O fogo vai provar toda nossa obra
Tudo que se constrói sobre Jesus será provado.
O fogo vai queimar muito do que julgamos ser bom.
Nós armazenamos reuniões, jejuns, ofertas, não fazer isso e aquilo, mas não aprendemos a amar, agir com misericórdia, a perdoar, a ensinar outro a caminhar com Jesus. Nos esforçamos a levar pessoas à nossa igreja, mas deixamos de ensiná-los a serem discípulos de Jesus.
Deus é fogo consumidor (Hb12:29).
Não é um fogo que destrói, mas um fogo que prova nossas obras. O fogo provará o que fizemos e isso vai doer.
Isaias 33:11; 14-16.
O profeta Isaias disse que Israel concebia palha e restolho o que seria queimado.
Quem pode conviver diante do fogo consumidor?
O fogo consumidor fala da prova de nossas ações.
Apenas vai sobrar o resultado do nosso caráter: “recusa o lucro injusto, não aceita suborno, tapa os ouvidos para o mal, não contempla o mal”. Isso é jeito de viver.
Há muita crise em jovens quanto a profissão a escolher – O que importa mesmo não é a profissão que escolheste, mas o que construíste sobre ela.
Não sabemos quanto tempo será esse diante do fogo consumidor, mas vai doer, vai ter agonia. Mas só sairá dali quando tudo estiver purificado.
4. A boa notícia – o fogo queima, mas não nos reprova na salvação
Graças a Deus que esse fogo prova a nossa obra, mas não nos mata e sim nos purifica das obras más. Esse fogo consumirá tudo que é ruim, pois no reino dos céus não entra nada pecaminoso.
Salvos pelo fogo. O fogo salva, não mata!