O que vale mais a nossa consciência ou a voz da multidão?
Para muitos cristãos votar não tem significado nenhum. Vivem submergidos à vida religiosa de tal forma que se tornam alienados da realidade do mundo ao seu redor. Praticam uma suposta espiritualidade como se tudo na terra não tivesse nenhuma importância. Professam uma fé etérea, alheia à vida natural e terrena. Usam até textos bíblicos isolados para justificarem este tipo de procedimentos: “Vós não sois deste mundo”. “O mundo jaz no maligno”. Obs. Não são deste mundo, mas querem continuar nele. Que se candidata a morrer agora porque não é deste mundo?
Estas pessoas esquecem que foi Deus quem fez o mundo e tudo que há nele, nos criou para vivermos no mundo, para cuidarmos do que Ele criou da melhor forma (Gn.1).
Vivemos tempos de definição de novos governantes para conduzir o nosso país. É tempo de exercemos nossa cidadania brasileira nas urnas. É tempo de assumirmos nossas responsabilidades diante das causas sociais e políticas do nosso país.
Por isto, tempo de eleição é tempo de termos muito cuidado:
Na decisão para quem votar. Aqui no texto a multidão votou a favor do assassino e ignorou o inocente (v.12-14). Obs. Tente conhecer pelo menos um pouco da história de vida do candidato. Busque referências do modo de vida e de suas origens.
Na decisão de não se deixar impressionar pelas palavras dos que tem apenas interesses pessoais. Não abrace o voto da camaradagem, ou de uma mão lava a outra. Aqui o povo votou influenciado pelos chefes dos sacerdotes, pelos líderes religiosos, mestres da lei e pela cúpula do Sinédrio (v.1,11).
Na decisão de não ser influenciado pela multidão. Não abrace o voto “Maria vai com as outras” ou “Aonde a vaca vai o boi vai atrás”. A multidão é cega e burra porque só pensa o que o outro pensa; não tem consciência pessoal, só tem vontade coletiva. A multidão que a coisa pegar fogo, porque assim a festa fica melhor. A euforia da multidão esmaga a razão, camufla a verdade e faz o povo escolher de forma precipitada (v.15).
Na decisão de reconhecer que um bom candidato age e realiza mais do que fala e promete. O que mais impressionou Pilatos foi o silêncio de Jesus (v.2-5). A defesa de um bom candidato diante de acusações vem em primeiro lugar do seu modo de viver, e só depois de suas palavras.
Na decisão de assumir sua responsabilidade de votar com consciência (v.12,15). Não transfira a sua responsabilidade e ações pessoais para o outro. Não faça como Pilatos que foi covarde e interesseiro. Mesmo consciente da inocência de Jesus, no entanto traiu sua própria consciência em prol de seu bem estar. Não troque seu voto em benefício exclusivo de atender suas necessidades pessoais. Não seja repreendido pela sua própria consciência (Jó 27:5-6).
Um cristão que vota com consciência é porque tem uma relação diária com Jesus não como um candidato para se da ou não voto/crédito, nas tomadas de decisões. Jesus não é mais um candidato que tem que provar que é merecedor ou não de nossa confiança. Pilatos tratou Jesus assim (v.4).
Muitos fazem de Jesus um candidato que precisa de voto para ser reconhecido como seu representante. No grau de importância, colocam Jesus na mesma bancada junto com: Maomé, Maria, o cônjuge, os filhos, os negócios, o dinheiro, seus interesses, etc.
Jesus não precisa nem de voto, nem de partido, nem de cadeira em palácios construídos por homens. Jesus já tem trono e este trono é eterno. No entanto, o lugar que Ele quer realmente reinar é no coração de cada pessoa: “Filho meu, dá-me o teu coração…”.