Balaque rei de Moabe estava apavorado quanto a possibilidade de Israel invadir seu pais, por isso manda buscar um profeta que o ajudasse contra Israel. O escolhido foi Balaão, uma espécie de encantador mágico ou profeta da Mesopotâmia que supostamente tinha poderes para amaldiçoar e abençoar. A proposta era, em troca de muitos presentes, amaldiçoar o povo de Israel que era mais forte que os moabitas.
A graça se manifesta: Deus fala com Balaão (v,8,9)
Balaão apesar de não ser da família de Israel aparece como que servindo ou buscando a Deus. Ele afirmou que falaria com Deus e só então responderia tal proposta.
Balaão não tinha que consultar a Deus já que a proposta era contrária a como Deus age.
Quando sabemos que algo é contrário aos princípios do reino de Deus já sabemos qual é a vontade de Deus.
Consultar a Deus sobre o que Ele já falou é tentar o Senhor.
Deus fala com Balaão – Deus não faz acepção de pessoas por raça ou nação. Deus fala com quem o busca. Deus considera todo ser humano. Deus não exclui, Deus inclui.
Deus fala com Balaão para lhe dá oportunidade de rever sua conduta.
A resposta de Deus a Balaão foi: “Não vá com eles”
Deus nunca se associa ao mal. Deus não faz parte de nenhum ritual que vise fazer mal a alguém. Se por acaso algo é feito não foi por Deus.
À semelhança de Balaão tem muita gente usando tanto meios escusos quanto poderes místicos para ter proteção ou conseguir seus objetivos – “Se o Senhor não guardar em vão guardam as sentinelas”.
Infelizmente hoje alguns líderes se assemelham a Balaão, que usam seus supostos poderes para amaldiçoar membros que deixam suas igrejas ou não obedecem às suas manipulações e visões.
Submissão implica também em transgredir e se submeter ás consequências de sua transgressão.
A graça se manifesta: Deus permite que Balaão vá
Quando o ser humano quer errar não há quem o impeça.
O coração de Balaão já havia sido aprisionado pela possibilidade de ganho, pela ambição.
À semelhança de Balaão muitos hoje cobram por usar seus dons espirituais.
A meu ver, toda bênção paga é oriunda de um encantador, pois o principio divino é: ”de graça recebeste de graça dai”.
A graça se manifesta: Deus permite que uma jumenta fale
Deus não queria que Balaão fosse e por isso se ira contra ele e põe um anjo para matá-lo na estrada.
A ignorância do profeta é tamanha que tem um diálogo com a jumenta sem perceber tornando-se um com ela.
Quantos profetas jumentos falando hoje em seus púlpitos!
Quanta gente busca ajuda em jumentos que falam.
A jumenta era instrumento da graça de Deus para livrar Balaão da morte
Balaão foi salvo pela jumenta. O anjo o teria matado e poupado a jumenta. Tem profeta que vale menos que uma jumenta (v,33).
A maior expressão da graça manifesta nesta história é Deus usar um profeta corrupto lhe dando palavras nos lábios para abençoar Israel.
Ainda que sejas instrumento da graça não significa que Deus tenha aprovado a sua vida.
O principio é: Quando Deus quer abençoar ninguém pode amaldiçoar e Ele usa quem quiser para cumprir a Sua vontade.
O que aprendemos com esta historia da Graça?
Nunca busque poderes escusos na procura de proteção, benção ou solução para os seus problemas. Busque Deus com sinceridade, Ele te ouvirá.
Se você procura um guia espiritual para ajuda-lo em sua crise de dores e isso for pago, é encantador, mágico, ou jumento, nunca profeta do altíssimo.
Nem todo que diz Senhor, Senhor fala em nome de Deus.
Somos chamados para abençoar e nunca para amaldiçoar.