Esta é uma das histórias do VT que deixa muito clara a graça de Deus para com todos. Naamã era general do exercito sírio que havia vencido Israel e levado alguns cativos. Ele sofria de uma doença incurável na época e que marcava a pessoa pela rejeição. Alguns pontos desta história destacam a graça do nosso Pai celestial:
Naamã vencera a Israel pela mão de Deus.
Deus usa quem quer e como quer para manifestar o seu amor e graça. Para Deus até um pagão é considerado, é amado mesmo sem conhecimento dEle.
Ser instrumento de Deus necessariamente não significa ser aprovado.
Deus usa até aquele que aparentemente parece improvável na situação.
Para Deus uma adolescente pode se tornar instrumento da sua graça. Mesmo como cativa e escravizada uma menina se torna portadora de esperança. Tal moça não usou do momento para vingar-se do seu senhor. Ela não se calou quanto a possibilidade de fazer o bem, mas viu isso como uma oportunidade de fazê-lo conhecer o amor de Deus.
O evangelho da graça tem a ver com não devolver o mal com o mal, com fazer o bem a todos, pois quem sabe que deve fazer o bem e não o faz está pecando (Rm.12:17; 1 Tes.5:15; Tg.4:17; 1 Pe.3:9).
O poder de Deus brota geralmente dos aparentemente sem importância e não dos poderosos.
A carta do rei da Síria é mandada ao rei de Israel que vê isso como uma afronta já que não tinha poder para curar. O profeta não foi nem considerado, mas foi exatamente quem Deus usou.
Para muita gente o poder é politico ou econômico, mas tal poder tem limitações sérias. Somente Deus pode realizar o impossível.
A verdadeira grandeza estar em ser homem e mulher de Deus. João Batista veio para ser grande aos olhos de Deus (Lc.1:15), mas diante dos homens ele era esquisito.
O instrumento da graça de Deus não quer sobre si holofotes
Quem se tornar instrumento da graça de Deus não busca brilho pessoal, deixa apenas Deus mesmo ser reconhecido. Elizeu nem saiu pra ser reverenciado por Naamã e muito menos usou aquele momento para fazer demonstrações de poder. Isso é muito diferente do que vemos hoje. Há uma corrida desesperada dos lideres religiosos para a visibilidade pessoal a fim de obter lucros.
Deus usa o insignificante para ressaltar apenas o seu poder
Naamã é um arquétipo da maioria dos humanos que preferem fazer grandes rituais a apenas pequenos atos de fé.
O Jordão se importância nenhuma se torna o rio que leva o milagre a Naamã.
Deus pode tornar o pequeno grande, o inaceitável, aceitável, o insignificante com significado. Ele usa os pequenos para envergonhar os grandes. (1Co.1:27,28).
O principio é: A Deus seja a glória, somente a Deus.
A ação de Deus que ir além do físico e atingir a essência do ser humano.
O milagre atingiu não só a sua pele, atingiu a consciência de Naamã.
Primeiro Naamã reconheceu que somente Deus é Deus. Ele disse: ”Agora eu sei que não há Deus em nenhum outro lugar, senão em Israel”.
Muitos recebem suas curas e milagres, mas não permitem que a ação de Deus penetre na alma, que vá além do corpo.
Naamã sabia que voltaria para uma terra idolatra onde Deus não era cultuado, mas queria voltar com algo que o fizesse lembrar sempre do que Deus fizera com ele.
Ele voltava para o mesmo lugar, mas não sendo a mesma pessoa.
De alguma forma sabia que com a fé que adquirira podia viver naquele lugar sem se contaminar com ele. – “quem está cheio de Deus santifica o lugar onde está, qualquer que seja ele”.
Naamã aprendeu que é possível viver na presença de Deus em qualquer lugar. Jesus pediu que não fossemos tirados do mundo, mas livres do mal. Mesmo sendo impossível evitar os idólatras, ele voltava com a consciência de que podia evitar os ídolos.
Um pagão foi alvo da graça de Deus. Ele recebeu tal graça muito além do corpo, porque a graça educa, ensina, transforma.