Paulo apresenta Jesus em uma sinagoga diante de judeus, gregos e também de filósofos epicureus e estóicos.
Para estes tais filósofos, Paulo era um pregador de deuses estranhos devido as suas crenças sobre Deus.
Os epicureus, discípulos de Epícuro (340 AC), criam que os deuses existiam, mas não tinham qualquer interesse no bem-estar do ser humano Para eles a principal razão da vida era o prazer.
Os estoicos, discípulos de Zeno (300 AC), criam que Deus era a alma do mundo habitando em todos e em todas as coisas, e que viver feliz era viver de acordo com a natureza.
Para estes filósofos, Paulo era considerado um tagarela, pois entendiam que ele tinha apenas retalhos de conhecimentos, já que lhes falava de algo que pra eles era incompreensível. Quando Paulo falava sobre Jesus e a ressurreição parecia a eles como que dois deuses.
Ainda que lhes parecesse incompreensível, os filósofos levaram Paulo ao areópago para conhecerem mais sobre a nova doutrina já que a ocupação dos atenienses era ouvir sempre uma novidade filosófica.
O areópago era uma espécie de lugar onde se reunia um conselho que supervisionava as questões educacionais e religiosas a fim de permitir ou não, que fossem ensinadas em Atenas.
Paulo começa sua exposição buscando um ponto de conciliação entre eles.
Paulo afirma que seus ouvintes eram religiosos, não como critica, mas como valor. Já que eles conheciam muitos deuses e os respeitavam, podiam ouvir com interesse sobre outro Deus que para eles era desconhecido.
O que Paulo queria lhes mostrar, era que eles e todos os seres humanos estavam neste universo numa relação direta de dependência desse Deus desconhecido.
Verdades sobre Deus:
ü Deus fez o mundo e tudo que nele há.
ü Ele é o Senhor dos céus e da terra.
ü Não habita em templos que Ele mesmo não faça.
ü Não é servido por mãos humanas como que dependesse destas já que não precisa de nada.
ü Deus é quem nos dá a vida, a respiração e todas as demais coisas.
ü De uma só pessoa fez todos os povos.
Deus fez assim para que o buscássemos tateando em tudo que foi feito por Ele.
Mesmo sendo tão complexo entender esse universo criado, sua complexidade só nos leva à compreensão de que este universo só pode ter explicação em Deus.
Nele vivemos – só estamos vivos porque Deus sustenta a vida em nós. Vida só existe a partir dele – “nele estava a vida e a vida era a luz dos homens”.
Nele nos movemos – mover e mais que se deslocar ou andar. É crescer, amadurecer, aprender, sentir, se emocionar, pensar, criar, amar.
Nele existimos – só existimos porque Deus existe. Se Deus tivesse morrido já não existiríamos. Deus é a nossa base de sustentação quer queiramos ou não.
Estamos vivos, nos movemos e existimos apesar de nossos pecados por causa do que conhecemos como Graça de Deus.
Nele somos perdoados – Esse Deus apresentado era diferente dos deuses que até então conheciam. Enquanto os deuses exigiam oferendas para aplacar sua ira, castigavam seus súditos mandando tragédias, nosso Deus perdoava toda ignorância, e desejava que cada um experimentasse arrependimento.
Por Ele seremos um dia julgados – Esse Deus um dia julgará todos os seres humanos exatamente porque todos estão numa relação direta de dependência dele.
Essa relação de dependência não depende se há conhecimento ou não desse Deus ou mesmo, se creio ou não nele.
Fomos feitos para nos alimentar de Deus.
Ele é a nossa fonte de energia e vida. “Deus é o combustível que nosso espirito foi projeto para queimar, o alimento que fomos feitos para consumir” (C.S. Lewis).