Estamos vivendo tempos difíceis e complicados. O momento que nosso país está passando é muito delicado. Mas é também um momento desafiador para os que se declaram seguidores de Jesus. Mais do que nunca, o mundo aguarda ardentemente a manifestação dos filhos de Deus (Ro.8:19).
É tempo de darmos muita atenção às palavras de Jesus sobre os sinais dos últimos tempos: Muitos virão em meu nome, e enganarão a muitos; muitos falsos profetas surgirão; nação se levantará contra nação; haverá fomes e terremotos em vários lugares; devido ao aumento da maldade, o amor de muitos se esfriaria. Isso tudo já é uma realidade.
Os dois últimos momentos críticos na vida de Jesus foram: A traição e a dor da crucificação. Como Jesus se comportou nestes dois últimos momentos, pode nos ajudar muito, no momento atual em que estamos passando. Traz ensinamentos preciosos, tanto para o viver pessoal dos discípulos, como para a Igreja de uma forma geral.
1 – O momento da traição (Lc.22:47-53). Estamos sendo traídos pelos líderes da nossa nação; pelos líderes da Igreja, pelos líderes das famílias, e até por aqueles que se dizem nossos amigos. Ou seja, os líderes e as pessoas, de uma forma geral, já não são confiáveis. Quais os sentimentos de alguém que é traído? Decepção, revolta, vingança, amargura, desânimo, retribuir mal por mal. No momento de traição Jesus agiu totalmente diferente:
- Não se distraiu com aquilo que o Diabo ou os homens estavam fazendo, porém se concentrou no propósito de Deus para sua vida (Mt.26:52-54). Nem a Lei recebida por Moiséis distraiu Jesus do que era mais importante, porque o perdão está acima do erro (Jo.8:4,5,11). Nada neste mundo deve nos distrair de sermos semelhantes a Cristo.
- Não usou as armas humanas, mas as armas de Deus, pra combater o mal (Lc.22:49). A linguagem de Jesus não era de violência e revide, mas de amor e perdão. José perdoou seus irmãos e Davi poupou a vida de Saul, pois sabiam que o propósito de Deus prevaleceria. A nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades.
2 – O momento de dor na cruz (Jo.19:25-27). Há uma dor e sofrimento generalizados nos brasileiros. A crise maltrata, gera dor no corpo e na alma. A crise produz a dor da fome, do desemprego, da miséria e do abandono. Tudo isto Jesus experimentou na cruz, mas mesmo na dor, Jesus teve tempo de se preocupar com o sofrimento humano; com a angústia de quem se sente abandonado.
- No momento da dor Jesus dá ênfase ao valor dos relacionamentos; da responsabilidade de cuidarmos uns dos outros. Jesus operou o milagre de gerar afeição profunda entre pessoas diferentes e de fora da relação familiar. Mais do que nunca precisamos está unidos e nos unindo às pessoas. Jamais superaremos uma crise, separados. O inimigo está jogando um contra o outro (Políticos, líderes, pastores, casais, filhos).
- No momento de dor Jesus dá ênfase à salvação do homem. Para Jesus a restauração da criação com o Criador estava acima de tudo. Não podemos perder o foco maior da vida cristã, que é de ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a toda criatura. Observação: As circunstâncias por pior que sejam não impedem Deus agir. Deus está acima do relógio e do tempo. O que importa pra Deus não é o tempo, mas o estado do coração e a salvação das pessoas (Os dois ladrões na cruz).
Nesta crise a voz de Jesus deve soar mais alto: “Estarei convosco todos os dias”.