(Lc. 20:36)
Na época de Jesus havia dois grupos que com seu pensamento sobre a ressurreição influenciavam de alguma forma a todos. Os fariseus que acreditavam na ressurreição e saduceus que não criam nela.
Jesus respondendo a indagação dos saduceus sobre a ressurreição usou o termo “filhos da ressurreição” aos filhos de Deus, ou seja, os que forem considerados dignos de tomar parte na era que há vir e na ressurreição dos mortos.
De alguma forma o pensamento da não ressurreição, por atrelarem a ela os mesmos processos desta vida, influenciava a muitos. É muito provável que, mesmo os que diziam crer, tivessem apenas uma crença teórica visto que os próprios discípulos de Jesus que apesar de ouvirem do próprio Jesus sobre ressurreição, duvidaram.
Os filhos da ressurreição são aqueles que não levam consigo qualquer padrão deste sistema apenas a convicção da eternidade.
Afirmamos que: Em sua maioria a convicção que temos sobre céu, salvação, ressurreição é teórica já que todos temem a morte devido a incerteza da vida eterna.
Os discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:13-33)
Estes discípulos eram influenciados pelo crer na teoria.
Eles estavam tão centrados nos acontecimentos que não conseguiam transcender para a ressurreição.
Estavam tão atônitos com suas expectativas frustradas que seus olhos estavam fechados para ver Jesus ressurreto – “nós esperávamos que era ele ia trazer redenção a Israel”.
Quem não crê na ressurreição tem os olhos fechados para o ressurreto.
Boa notícia:
Enquanto caminhamos, mesmo na nossa incredulidade, o ressurreto caminha conosco (v,15).
Mesmo eles tendo uma crença teórica Jesus não os abandonou.
Conheciam os fatos, reconheciam Jesus como profeta, poderoso em palavra e aquele que podia fazer milagres, mas não como o Cristo ressurreto (V,19).
Eles tinham expectativas erradas em relação a Jesus e por isso não criam na ressurreição.
Se suas expectativas estiver apenas nesta vida serás o mais miserável de todos os homens.
Quando estamos cheios de expectativas erradas em relação a Jesus, nossos olhos se fecham para vê-lo ressurreto.
Sabiam do relato da ressurreição, mas não criam, não esperavam que fosse verdade (v,24).
Como não puderam crê?
Não criam, pois queriam um messias vitorioso, tipo de Davi guerreiro e não um messias frágil, vencido pelos inimigos e morto na cruz.
Eles preferiam um Jesus vivo, sem cruz, a um Jesus ressurreto.
Jesus mostra que a gloria viria depois do sofrimento (v,25).
Ele tinha que passar por tudo que passou. Este padrão não é agradável aos nossos ouvidos.
Jesus volta a falar tudo novamente (V,25-27)
A misericórdia de Jesus é tamanha, pois deseja que todos possam ser filhos da ressurreição.
Os olhos daqueles discípulos foram abertos à medida que compreendiam o messias sob a perspectiva da ressurreição.
Quem tem uma experiência com o Cristo ressurreto tem seus olhos abertos para compreender as escrituras (v,31-32).
Quem tem uma experiência com o Cristo ressurreto volta ao caminho (v,33)
Eles haviam se desviado de Jerusalém onde Jesus havia dito que ficassem.
O que nos mantém no caminho de Jesus é a expectativa da ressurreição com ele, senão seremos os mais miseráveis de todos os homens.
É tempo de voltarmos a sermos chamados filhos da ressurreição, deixarmos a crença teórica e votarmos nossos olhos para o amanhã que nascerá na eternidade, porque apenas e tão somente assim seremos dignos da era que há de vir e de fato seremos reconhecidos como filhos de Deus.