Há uma luta interior a que estamos submetidos: A luta do Espírito contra a carne.
O desafio é viver pelo Espírito a fim de não satisfazer os desejos da carne.
O que nossa carne deseja?
Paulo trata do pecados que eram comuns àqueles irmãos e que, em todos nós, há o potencial de cometê-los. São todos pecados que se comete contra si e contra o outro.
No primeiro grupo de pecados ele colocou: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria e feitiçaria. No outro grupo Paulo enfatizou os pecados contra o outro: ódio, discórdia, ciumes, ira, egoismo, dissensões, facções, inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes.
O fato de os ter colocados assim, não significa uma escala de valores, ou seja, não significa que os primeiros são mais importantes e mais sérios. Todos são prejudiciais à nossas vidas.
Paulo apesar de mostrar como a nossa carne se manifesta, enfatiza também o que o Espírito quer produzir em nós.
As obras da carne estão prontas em nós, se dermos vazão elas acontecem, pois é o que a nossa natureza deseja. O fruto do Espírito porem nasce em mim à medida que permito o seu agir.
Quem não dá fruto do Espírito evidenciará as obras da carne.
Para que servem os frutos do Espírito?
Hoje os frutos são usados como o que classifica pessoas em espirituais e não espirituais e servem para diferenciar as pessoas, torná-las mais importantes que outras.
Os frutos do Espírito estão em mim para servir o outro.
Os frutos não são para mim mesmo, mas para os outros desfrutarem dele.
Não é para ganho pessoal,
Não é para reconhecimento ou promoção pessoal,
Não é para status quo,
É para servir o outro. É para alimentar o outro.
O próximo colhe Amor – a igreja tem possibilitado a colheita do ódio.
O próximo colhe Alegria – ainda que esteja envolvidos em muitas dores.
O próximo colhe Paz – não podemos promover guerras. Defender nossos valores não implica em fazer inimigos.
O próximo colhe Paciencia – precisamos ser pacientes com os que não creem. Não exige da sociedade não cristã atitudes cristãs.
O próximo colhe Amabilidade – sejamos amáveis com todos.
O próximo colhe Bondade – a bondade de Deus é para todos. O sol nasce pra todos, justos e injustos.
O próximo colhe Fidelidade – ainda que a maioria seja infiel, vamos manter nossa fidelidade.
O próximo colhe Mansidão – o outro pode ser intempestivo, mas nós precisamos continuar mansos, abrindo mão de nossos direitos.
O próximo colhe Domínio próprio – dominar sobre nós mesmos e não sobre o outro.
Quem tem fruto do Espirito se torna fonte de alimento para outro.
Quem é de Cristo crucifica a carne e seus frutos e permite que os frutos do Espírito brote e alimente a muitos.
O cristianismo apresenta a percepção superior de que a verdadeira realização acontece não por meio da satisfação do ego, mas por meio do serviço prestado ao outro (Philip Yancey).