O livro de lamentações são lamentos em tempos de crise. Foram escritos em decorrência do estado deplorável em que a cidade de Jerusalém estava passando, quando foi sitiada e cativa pela Babilônia, durante o reinado de Nabucodonosor.
Hoje, vivemos tempos parecidos com o que os moradores de Jerusalém viveram. Estamos como que encurralados, sem opções e sem saídas, para atual crise que passamos. Como Jerusalém, estamos só comendo do que resta dentro do nosso habitat. Cada dia a escassez aumenta; a fome e a miséria proliferam; o desespero e a falta de esperança dominam as pessoas.
Mas, de fato, qual é a raiz da crise que estamos passando? É puramente política, econômica e moral? Creio que não. Acredito que essas coisas são consequências. Assim como em Jerusalém, o verdadeiro problema da crise é a falta de temor a Deus e consequentemente a prática deliberada do pecado.
Então, o que fazer diante desta realidade? Vejamos o que o livro de Lamentações nos ensina:
- Reconhecer que a maioria dos nossos sofrimentos são frutos de nossas próprias escolhas e atitudes pecaminosas. (Lm.1:5,8 / 5:15,16).
- Que a nossa dor e tristeza maior, seja por causa do pecado praticado, e não apenas por causa das necessidades materiais. (Lm.2:10-14). Que os nossos choros sejam decorrentes de nossos arrependimentos.
- Que antes de murmurarmos e reclamarmos pelo que estamos passando, examinemos a nós mesmos, e coloquemos à prova os nossos caminhos. (Lm.3:39,40).
- Que nunca percamos a esperança de que em Deus à solução. (Lm.3:21-26). Trazendo na memória as coisas que nos levam a superar o sofrimento e a crise: Pelo grande amor de Deus não seremos consumidos; as misericórdias do Senhor são inesgotáveis; grande é sua fidelidade; Ele é a nossa porção, ou seja, o nosso verdadeiro suprimento; porque o Senhor é bom podemos esperar tranquilos pela salvação que vem Dele.
- Que nosso desejo maior, não seja unicamente a solução da crise externa, mas a nossa restauração interior. A restauração que faz a gente se voltar para Deus, para que Ele renove os nossos dias como os de antigamente. (Lm.5:21).