Estamos diante de grandes desastres em nossos dias. Não são apenas desastres ambientais ou mesmo provenientes de terremotos, tsunamis ou coisas semelhantes. Não são desastres quaisquer, mas aqueles que dizem respeito aos chamados “ungidos do Senhor”. São acusações sérias que vão desde conluio com bandidos, assassinatos, estelionato e enriquecimentos ilícitos. Todas são acusações feitas a lideres principais de denominação de grande visibilidade no Brasil o que tem sido vergonhoso.
O que assistimos hoje é o cumprimento da palavra de Paulo quando disse: “Sei que, depois de minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos”. Estes tais “ungidos do senhor” são os “falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se de apóstolos de Cristo” a quem o apostolo Paulo se refere.
No entanto, quando alguns destes nomes, sejam universais, internacionais, mundiais ou aqueles restritos ao um quadrado qualquer, são questionados por outros cristãos, muitos se levantam com a máxima bíblica: “Não toqueis nos ungidos do senhor”.
Em primeiro lugar é necessário deixar claro que “ungidos do Senhor” não são apenas os chamados pastores e líderes, mas sim todos os que, como filhos de Deus, têm em si mesmo o Espírito de Jesus, pois a Bíblia diz: “Vos possuis a unção que vem do santo”. O texto que cita “Não toqueis nos meus ungidos” (1 Cr.16:22), se refere a uma palavra de Deus direcionada ao reis das nações onde Israel estaria passando para que nenhum dos filhos de Israel(os ungidos do Senhor) fossem maltratados. Não se tratava de uma classe especial de pessoas, mas sim para todos de Israel.
Pergunto então: Não podemos questionar os chamados “ungidos do Senhor” quando estes estão fazendo coisas questionáveis? Porque tanta necessidade de defender tais pregadores como se o questionamento fosse feito ao próprio evangelho e à igreja de Jesus?
Interessante! Paulo não tinha tais problemas ou escrúpulos em questionar tais tipos de líderes. Ele não tinha nenhum respeito a tais pregadores desse evangelho corrompido e os chamava de lobos, vendedores de ilusões e mercenários da palavra, espoliadores e dominadores.
Por que tais apóstolos fraudulentos não podem ser questionados? Por que quem torna a mensagem do evangelho um negócio não pode ser questionado? Por que quem manipula as pessoas pelas suas necessidades apresentando-as a um deus humano que admite barganhas?
Se Paulo não tinha qualquer problema em questionar tais homens eu também não tenho e posso questioná-los assim como eu mesmo posso ser questionado.
Portanto, a minha resposta à pergunta se podemos questionar a líderes “ungidos do Senhor” com práticas anti-bíblica é: Podemos sim questionar os que intitulam ungidos do Senhor, sejam honestos ou desonestos, mas sempre todo questionamento deve ser feito com a verdade e em amor a fim de que se crie uma possibilidade de restauração e arrependimento.
Tomaz de Aquino
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São Luis,
03/01/2019