O apostolo Paulo faz uma denuncia do que é a natureza humana mostrando o drama que vivemos mesmo convertidos – não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse eu faço (Rm 7:15-20).
Ele não faz uma confissão de culpa e sim uma confissão de impotência.
Algumas verdades sobre a lei:
A lei foi dada não para salvar o homem, mas para que compreendesse que precisava de um salvador.
A lei revela o que há no interior do ser humano – Eu sei que há cobiça em mim quando a lei me diz: ”não cobiçarás”.
A lei revela a sujeira do nosso interior, mas não tem a capacidade de nos limpar.
Nenhuma condenação há para quem está em Jesus.
Quem está em Jesus olha pra dentro, para o reino de Deus em si, e constata que fica muito aquém dos ideais do evangelho. Mas constata também que ainda assim Deus mora na sua vida – “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
É preciso admitir a horrível realidade em nós mesmo e aceitar que nunca estaremos a altura do evangelho. Mas preciso aceitar que não preciso estar para ser amado e aceito por Deus.
Qualquer coisa que me faça sentir que finalmente consegui, é uma cruel decepção (Tolstoi).
Qualquer coisa que me faça sentir desconforto no amor misericordioso de Deus é também cruel decepção (Dostoievski).
Se estiver em Cristo, ainda que não consiga cumprir os ideais do evangelho, nenhuma condenação há sobre mim.
Ainda que não consiga significa alguém que tenta cumprir tais ideais.
Para quem está em Cristo, a lei do Espírito o liberta da lei do pecado.
Enquanto a lei do pecado mostra nossa sujeira, a lei do Espírito mostra que não há mais condenação.
Quem pode fazer a nós gente da lei do Espírito, qualquer acusação? (v,33)
Quem nos separará do amor de Cristo?
Não importa o que venhamos a experimentar, se estamos em Cristo em tudo somos mais que vencedores.
Nem a morte – a morte nos leva para Cristo.
Nem a vida – a vida e seus dramas e suas ofertas não pode nos separar de Cristo.
Nem anjos – nem os seres celestiais pode nos arrancar do amor de Cristo.
Nem demônios – nem todo poder do inferno pode nos arrancar do amor de Deus.
Nem o presente – a dores do momento.
Nem altura ou profundidade.
Nem qualquer outra coisa.
O amor de Deus está em Cristo Jesus, e se estamos nele, nada poderá nos arrancar desse amor, pois Deus nunca deixa de amar a Cristo.