Tenho falado e orado semanalmente para que a palavra se torne pratica em nossas vidas. A Bíblia afirma que “pelo tempo decorrido já deveríamos ser mestre” e que “quanto maior o conhecimento maior será a cobrança”.
Não alcançar este objetivo implica em um dos maiores erros que alguém pode cometer – aumentar seu conhecimento sem tornar tal conhecimento em pratica ou comportamento.
“Quem conhece a vontade de Deus e não a faz receberá muitos açoites, e quem não a conhece e pratica coisas ruins, receberá menos açoites. A quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lucas 12:47,48).
Pedro fala do perigo de mesmo tendo fé se tornar inoperante e infrutífero.
Inoperante – quem não opera, quem não age. São como maquinas paradas ou sistemas que não rodam.
Infrutífero – quem não produz nada; ainda que faça muito não produz efetivamente nada.
O que impede de nos transformarmos nesse tipo inoperante e infrutífero?
A fé é apenas o inicio, a matéria prima essencial que precisa se transformar em algo que impeça a inoperância e o ser infrutífero.
Fé – é matéria prima essencial, é o ponto de partida de tudo. Por ela recebemos tudo que precisamos para a vida e a piedade, para experimentarmos as promessas e por elas nos tornarmos participantes da natureza divina.
Virtude – A virtude por ser uma disposição interior de fazer o bem não permite a deterioração da fé. Trabalha para mantê-la pura. Não permite que se torne um mecanismo de manipulação da divindade ou um elemento da religiosidade.
Conhecimento – impede o uso indevido da fé. Seu propósito é agradar a Deus e mostrar dependência dEle sempre. Fora do propósito a fé se torna instrumento de manipulação da divindade, do outro ou de busca de ganhos pessoais.
Domínio próprio – não permite que o conhecimento se torne o alvo da vida, um fim em si mesmo e assim vire em arrogância, prepotência, orgulho, soberba e etc.
Perseverança – para que não seja produto de si mesmo, do esforço humano e assim não haja graça (fé por fé; fé na fé è fé sem graça.
Piedade – ajuda a fé a ser um modo de viver diário (prática). O que você acredita torna algo visível.
Fraternidade – a fé tem que tocar o outro.
Amor – é o que a fé tem que se tornar.
O desafio é transformar a fé em comportamento, um jeito de viver e não em um mecanismo de manipulação ou de ascetismo religioso.
É quando a fé se torna em um comportamento com o outro, ou seja, quando a fé se torna amor é que nossa vida não fica inoperante e improdutiva.