Parece que quase sempre os melhores momentos da vida passam despercebidos, assim como nem sempre percebemos grandes seres humanos ao nosso lado. Muitos só percebem o valor de algumas pessoas ao lado quando elas já se foram.
Momentos divinos desfilam diante de nós e julgamos ser algo comum. Pessoas especiais enviadas de Deus vivem ao nosso lado e não as percebemos. Quando se vão parece que os olhos se abrem.
Jesus chama atenção dos judeus sobre João Batista.
Ele veio como precursor de Jesus, mas muito não o viam assim.
“O que foram ver?” Um homem qualquer? Um profeta? Mais que um profeta disse Jesus. A verdade sobre João é que viveu entre eles e não perceberam, o maior de todos nascido de mulher.
Quando não conseguimos ver os atos divinos estaremos sempre na contramão do que Deus está fazendo.
Se tem musica não dançamos. Não pode dançar é contra nossa religião.
Se tem lamento não choramos. Não pode chorar seja forte.
Estamos sempre querendo outra coisa diferente do que Deus esta fazendo. Ficamos emperrados na nossa forma de ver.
Somos gente do sentir, tocar, ver, por isso deixamos passar por nossas vidas seres humanos preciosos e ainda fazemos juízo do seu estereótipo porque não se enquadra no que cremos.
João Batista que se vestia de pele de camelo, comia gafanhoto com mel silvestre e morava no deserto, tinha demônio.
Jesus porque era um ser humano normal, não recebia o crédito como messias porque era considerado comilão, bebedor de vinho e amigos de pecadores.
Quando o evangelho não é apresentado nos moldes da nossa crença então a pessoa que assim o faz é herege.
A consciência embotada pela religiosidade não o permite reconhecer homens enviados por Deus na sua vida assim como os atos divinos diante de você. O juízo entorpece a mente do julgador.
Homens de Deus não tem uma fórmula, um tipo a fazer, um jeito de se vestir ou de falar. Não há uma regra a repetir a fim se de ser identificado como homem de Deus.
A única regra é ser comprometido na vida com a mensagem do Pai que carrega consigo. O que é comum aos homens de Deus é que suas obras comprovam sua sabedoria de vida.
Jesus nos ensina que a melhor das percepções não vem pelo exterior, mas sim pelas obras que vemos no outro pois ela é que ratifica a sabedoria da vida. (v,19).
Jesus denuncia os que não conseguiam reconhecer nele o messias de Deus nem mesmo pelos seus atos divinos
Cidades inteiras viram maravilhas e não identificaram como atos divinos.
Corazim, Betsaida e Cafarnaum serão julgadas com maior rigor do que Tiro, Sidon e Sodoma. Estas cidades se acostumaram com os milagres sem vê-los como atos divinos por isso terão julgamento mais rigoroso.
Um grande perigo na caminhada é banalizar atos divinos.
Os homens daquelas cidades quando iam a Jesus, viam a apenas um rabino que fazia milagres e não ao messias enviado da parte de Deus.
Ver ou experimentar milagres não lhe agrega pontos diante de Deus, mas sim maiores responsabilidades pelo que viu ou experimentou.
Eles viram os milagres de Jesus, mas não creram nele como o messias de Deus.
Não podemos nos acostumar com a palavra, com os louvores a ponto de não terem mais efeito em nós. Não podemos tratar Jesus como um líder de uma religião ou uma pessoa qualquer. Jesus é Deus entre os homens, é Deus conosco.
Quem não compreende quem é Jesus terá um juízo com muito rigor.
O juízo não tem a ver com o número ou o tipo de pecados cometidos, e sim pelo quanto creram que Jesus é o messias de Deus.
Quem é Jesus pra você? Esse conhecimento experimental é que determina quanto rigor terá no seu juízo diante do Pai.
Não estar de olhos bem abertos para ver Deus e seus atos divinos tem conseqüências muito graves.