Jesus expulsa os vendedores e os trocavam dinheiro no templo.
Será que a questão que Jesus trata aqui é a simples venda no templo?
Ml 1:6-14 – Malaquias fecha o texto do VT e Deus silencia por 400 anos. Mas seu silencio é iniciado depois de uma séria denuncia.
Ele denuncia a falta de honra, de temor. Os sacerdotes desprezam o nome de Deus, levando comida impura ao altar e fazendo isso consideravam a mesa de Deus desprezível. Sacrificavam animais cegos, aleijados e doentes.
Malaquias expressa o desejo de Deus de ver o templo fechado, pois não tinha prazer no que ali faziam.
O silencio de Deus é rompido por João Batista. Mas a denuncia de que tais palavras de Malaquias são verdadeiras ainda naquela época, é feita por Jesus quando vai ao templo.
Uma multidão afluía ao templo para apresentar seus sacrifícios. Chegava a ser entre 150 a 200 mil pessoas. À porta do templo se instalava um grande comércio que era tanto do conhecimento como fomentado pelos sacerdotes. Os sacerdotes tinham os seus animais com selo de sua aprovação à disposição para compra. Eles davam privilégios e prioridades aos seus animais já previamente acordados.
Não era uma simples troca de dinheiro por animais. Eles estavam mercadejando o perdão, o ser aceito por Deus. A questão não era uma simples venda de animais, mas sim as primeiras indulgências.
É isso que Maquias denunciara: desonra a Deus, desprezo ao Seu nome. É por isso que Deus desejou ver o templo fechado. No entanto nenhum deles tinha autoridade para fechar o templo.
Hoje fazem o mesmo de forma pós-modernizada.
Vendem proteção – cobertura espiritual, milagres, profecias, visões.
Ainda hoje Deus quer templos onde tais coisas são praticadas, fechados.
Malaquias anuncia que em outros lugares há gente que mesmo não conhecendo a Deus como eles, o adoram de forma mais pura. Não há necessidade de religião ou de teologia para adorar a Deus. Apenas e preciso reconhecê-lo como Deus, honrá-lo.
É por isso que Jesus diz que muitos viram do oriente e do ocidente e sentarão à mesa com Abraão (Mt 8:11).
A religião fomenta a pior das corrupções, aquela que é feita em nome de Deus.
Jesus destrói o templo, cumpre o desejo de Deus, para ser construído no coração, onde toda corrupção é revelada e julgada.
O templo do nosso coração não pode ser um mercado de negociações com Deus. O templo do nosso coração é lugar de oração, de adoração.
Jesus constrói o templo no seu coração para que você não dependa de sacerdotes vendendo cura, milagres, proteção. Nós mesmos podemos buscar a Deus que mora em nós.
Deus não manda recados, não escreve cartas, não manda emails, Ele é Deus presente, é Deus conosco.
Permita que o templo na sua vida seja construído, porque até que o faça sua adoração sempre dependerá de algo ou de alguém e este pode fazer corrupção com a sua adoração.