Esta é uma carta defesa do evangelho da graça assim como uma defesa do apostolado de Paulo.
A igreja a quem foi escrita tal carta era uma igreja de gentios, ou seja, não judeus. Tal igreja estava sendo infiltrada por judeus convertidos ao cristianismo que ensinavam que para um gentio se tornar cristão era necessário primeiro ser um judeu, cumprindo alguns aspectos essenciais da lei.
Paulo afirma textualmente que os gálatas estavam deixando a graça para seguirem outro evangelho que não é evangelho.
Se no evangelho pregado não for encontrada a graça então não é evangelho. Evangelho sem graça é uma perversão do evangelho.
Paulo repreende a Pedro que diante dos gentios comeu com eles, mas ao chegarem os judeus separou-se deles. Ele disse que tal atitude não estava de acordo com o evangelho.
Ninguém é justificado pela lei, mas sim pela fé em Jesus Cristo(2:15).
A pergunta de Paulo é contundente: “Quem os enfeitiçou?”.
Deixar a graça e voltar à lei é estar enfeitiçado por outro evangelho.
Deixar a dependência do Espírito e entregar-se ao esforço próprio é insensatez.
Abraão que é o pai da fé creu antes da lei e foi justificado o que prova que o justo viverá pela fé.
Estar dependente da lei é uma maldição, pois ela torna evidente nosso pecado, mas nunca o perdoa.
A lei foi apenas uma preceptora que nos conduziu até Cristo e dai se torna desnecessária.
Paulo introduz o tema da liberdade.
Aqui fala especificamente da liberdade da lei que os aprisionava e que não deviam voltar a essa prisão.
A grande exigência dos judeus convertidos era que os gentios se circuncidassem.
Nós fomos chamados para a liberdade e não para usar tal liberdade e dar vazão à carne.
Para viver o evangelho da graça que o evangelho da liberdade é necessário viver pelo Espírito de Deus.
As obras da carne produzem vida religiosa, ou seja, piedade sem verdade.
Quem vive pelo Espírito de Deus não satisfaz os seus desejos da carne.
O fruto do Espírito:
Amor – Quem ama conhece a Deus. Quem não ama talvez conheça a religião, a igreja, a teologia, mas ainda não conhece a Deus, porque é amor.
Alegria – Não o rir a toa, pois a vida, pra quem a enxerga como é, nem sempre nos dá motivo para se alegrar. Mas a alegria interior que se manifesta apesar das circunstancias, essa é a que vem de Deus.
Paz – Quem é da paz, os pacificadores, são chamados filhos de Deus. Quem promove as guerras, as facções, as intrigas, as divisões, as separações, é gente que ainda não conhece a Deus.
Longanimidade (Paciencia) – paz somada a ciencia, sabedoria.
Beniguinidade (amabilidade) – amar com habilidade (capacidade de agir sempre com bondade).
Bondade – capacidade de fazer boas açoes.
Fidelidade – qualidade de quem vai até o fim em uma missão ou na sua palavra).
Mansidão – Manso é alguém que abriu mão de seus direitos por isso herdarão a terra. Mas quem persiste em seu egoísmo, em sua altivez, em seu orgulho e prepotência e busca possuir tudo como seu, ainda não conheceu a Deus.
Dominio próprio – Quem domina a si mesmo manifesta o fruto do Espirito Santo, mas que dá vazão a toda espécie de desejos e vontades manifesta o fruto do espirito maligno.
Quem vive pelo Espírito de Deus é capaz de, vendo o próximo em pecado, restaurá-lo com mansidão.
Quem vive pelo Espírito de Deus não se cansa de fazer o bem a todos e com especialidade aos domésticos da fé.