(Jo 14:16)
Dores, sofrimentos, tristezas e o choro fazem parte dessa ordem (Apc 21:4).
Maldita é a terra por tua causa (Gn 3:17,18,19). Será impossível remover tais coisas.
Um mundo sem sofrimento com os mesmos homens e sua natureza má, continuaria decidindo contra Deus como o fez no Éden.
Se tais coisas não houvessem, o mundo seria uma tragédia maior ainda.
Não estamos imunes a nada. Grandes homens de Deus no VT que sofreram:
Abel – morre assassinado / Noé – tem um filho amaldiçoado
Abraão – deixou sua terra; esperou por 25 anos por um filho.
Jacó começa engando seu pai e irmão, foi engando pelo sogro e traído pelos seus filhos e termina no Egito.
Elias foge com medo de uma mulher e é deposto como profeta.
Eliseu mesmo fazendo muitos milagres morreu da doença que havia de morrer.
Isaias foi preso e espancado, teve que profetizar nu.
Ezequiel teve que ver sua mulher morta sem direito a chorar.
Jó nem se fala
Os salmistas cantaram e fizeram poesias com suas dores: Sl 4;1;40:1; 69:20
No NT os discípulos foram martirizados.
Paulo passou fome, foi açoitado, sofreu naufrágio, foi decapitado. Todos que querem servir a Deus piamente sofrerão perseguições (2 Tm 3:12).
Por que esperamos não sofrer perdas, dores, tristezas, insucessos?
Jesus não prometeu um mar de rosas para seus discípulos – “No mundo tereis aflições”.
Ele não disse que venceríamos a pobreza, mas disse que os pobres sempre teríamos conosco. Nesta vida sem sentido nem todos são vitoriosos, nem todos têm vida longa, saúde perfeita ou mesmo famílias maravilhosas e sem problemas.
A promessa de Jesus não foi imunidade, mas a presença de um outro consolador.
O consolador – aquele que se coloca ao lado.
Ele nem sempre tira a dor, mas nos ajudar a carrega-la e não permite que ela nos vença. Ele sabe onde tocar para sermos levantados.
O Consolador nos levanta em seus braços, nos anima para enfrentar a vida.
O consolador se põe em nosso lado para suprir a ausência de física de Jesus em nós. Ele traz Jesus para dentro não fisicamente, mas concretamente.
O consolador é Jesus presente conosco.
A dor e sofrimento nos remete aos braços do Pai, pois não somos capazes de eliminá-las da vida.
Naturalmente há o que os psicólogos e psiquiatras chamam de psicoadaptação – com o tempo vamos nos adaptando à dor ou a perda.
Apesar de termos contribuições valiosas da ciência, seja da psicologia ou da psiquiatria, a cura de nossas dores mais profundas é operada pelo consolo do Espirito.
É Ele quem nos possibilita dizer: “O Senhor deu o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor” ou “ ainda que a figueira não floresça, a vide não dê o seu fruto….eu exultarei no Senhor”.
Todos que se permitem ser habitado pelo Espírito de Deus tem em si o consolo que traz alegria e paz em meio às perturbações da vida.