(Malaquias 4:5,6)
Não será uma resposta sociológica, antropológica, filosófica e muito menos religiosa. Será uma resposta do evangelho.
A era que vivendo chamam a pós-modernidade ou modernidade avançada, contemporânea. O mundo antigo e suas formas de viver foi implodido.O papel do homem e da mulher mudou muito. A mulher já não é mais ser vista apenas como esposa e mãe, e o homem como aquela figura de chefe de família e provedor. O mundo não se divide apenas em os gêneros masculinos e femininos. Hoje temos um mundo onde convivem as múltiplas identidades sexuais. Não estou fazendo nenhum juízo de valor ou de certo e errado. É apenas uma constatação. Fato.
As muitas mudanças na nossa sociedade que dizem respeito à sexualidade é a que mais afeta a consciência do cristão. Estas questões sobre a sexualidade são apresentadas como as únicas destruidoras da família. No entanto temos todos os dias trabalho escravo, violência contra as mulheres, divorcio, abandono dos filhos, excesso de trabalho, falta de trabalho, questões estas não contabilizadas, a final de contas não dá mais voto entre os crentes. Há violência contra as mulheres no meio dos crentes, muitos crentes já passaram por divórcio, alguns pastores estão no terceiro casamento, traem suas esposas e depois fica tudo bem.
Na mesma sociedade ainda acontecem aberrações ainda mais danosas que não são notadas ou não tem importância para a religião e por isso são infelizmente relevadas, tais como: o caos da saúde pública, o caos da educação, a crise de integridade instalada na nação, falta de credibilidade nos governantes e representantes da nação, a falta de credibilidade de líderes religiosos e entre eles os evangélicos. Não vemos nenhuma movimentação dos caciques da igreja para tais fins: nenhum abaixo assinado, nenhuma manifestação pública.Mas os olhos dos crentes estão voltados apenas para as mutações quanto a sexualidade. Esse é um problema real, não o diminuímos, mas por certo temos problemas grandes que também deveríamos dar atenção.
Todas as questões sobre a sexualidade que são bastante comentadas na mídia, nas redes sociais, elas são muito ruins para a família, porque são feitos delas uma ideologia e as vezes divulgadas como normais.
Quais são as grandes questões que, pelo menos a mim, importuna todos os dias nos WhatsApp e demais redes sociais?
A ideologia de gênero vai afetar o desenvolvimento sexual dos nossos filhos.
A imposição como normal das alterações na sexualidade: homossexualidade, transgénero, bissexualidade.
A questão não é se concordamos ou não com estas coisas.
A grande questão é como vamos reagir a tudo isso? Melhor, como vamos agir sobre tudo isso? Como vamos tratar as pessoas que sofrem estes estigmas?
Você já pensou na dor das famílias que tem seus filhos homossexuais ou outras variantes da sexualidade e que não fizeram nada para que fossem assim?
Você já pensou na dor dos que não pediram para ser assim e sofrem todo estigma e preconceito da sociedade porque são assim?
Esse é o ponto.
A religião e o seu legalismo e fundamentalismo são os meios mais fáceis e propícios para serem usados para disseminar a maldade, o ódio e o preconceito.
Como igreja afirmo claramente que não somos a favor dessa cultura de ódio que está sendo disseminada por alguns homens que se dizem homens de Deus, contra pessoas que se assumem ter orientação sexual diferente da nossa. Entre nós todos serão aceitos, amados, respeitados. Não fazemos distinção de pecados. Jesus foi amigo de pecadores e também somos. E como pecadores queremos também amigos. Toda transformação necessário o Espírito de Deus o fará.
A igreja evangélica reprova muitos problemas que estão na sociedade, mas os abriga em si mesma. Ela é seletiva naquilo que reprova. Veja Romanos 1: 28-32.
Queremos mudar a sociedade?
Todo juízo começa em casa, toda transformação começa em nós. É preciso olhar pra dentro.
O processo de transformação de uma sociedade não começa com leis ou com os políticos. Ela começa no indivíduo e ela se propaga quando esse indivíduo conta a seus filhos, e este propaga para sua próxima geração e essa geração para a outra que lhe sucede. Quando há esse encontro de gerações que vão passando os princípios, então teremos uma sociedade transformada (Joel 1:3).
Não mudaremos a sociedade a partir da sociedade. Nós a mudaremos a partir da mudança em nós. Não é uma mudança através de leis, de imposição, mas é uma mudança no interior.Tolstoí falava que as pessoas estão dispostas a mudarem o seu entorno sem, contudo, mudarem a si memo. Isso é impossível.
A sociedade romana era um centro de orgias, mas não vimos Jesus trabalhando contra Roma, mas buscou a mudança no interior do indivíduo. Isso não significa passividade, não significa que você não possa lutar contra algo que é danoso à sociedade, mas nunca é o primeiro passo. O primeiro passo está em nós. A mudança é aqui.
Onde começa nossa luta para transforma a sociedade? A resposta é simples: Dentro de Casa, na família, nos relacionamentos.
Não adianta dizer que seus filhos viverão numa sociedade corrompida. Já estamos nela.
O que você está fazendo em casa com seus filhos e família? Com você se relaciona com amigos?
Os seus filhos adolescentes não ouvem a rede globo. Você sabe que séries eles assistem? Você tem tempo para isso? Ou você sai de casa para trabalhar 14 horas por dia para ganhar muito bem e dar o melhor para eles, a melhor escola, o melhor apartamento, o melhor carro, as melhores roupas, mas não dá a si mesmo?
Se você quer uma sociedade melhor amanhã, lutem para que seus filhos e pessoas em seu entorno, sejam bons cidadãos, sobretudo cidadãos do reino de Deus. Lute para que eles compreendam o evangelho (Dt 6:7-9).
Vai ser impossível deter essa caminhada de sujeira da sociedade.
Enquanto o ímpio caminha para sua impiedade o justo caminha para a santidade. Nos preocupamos em corrigir os outros e esquecemos de corrigir as nós mesmos (Apc 22:11).
Nós não caminhamos para melhorar a nós mesmo, como então melhorar a sociedade? Isso é coerente?
Isso não é uma defesa da sociedade. Essas coisas nos causam dores e preocupações, mas o nosso dever é contribuir principalmente a partir de nós mesmo e os pais a partir de seus filhos.
Para que não haja maldição na terra tem que haver conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais.
Conversão aos filhos é voltar-se para eles, dar tempo a eles, ensiná-los em casa, ocupar-se com eles. Tem que haver uma conversão nossa ao outro.
Os pais devem se converter aos filhos porque só assim os filhos se converterão aos pais.
A conversão dos filhos aos pais acontece no ambiente de coerência em casa. Nunca a história da sociedade precisou tanto dessa conversão porque o sistema empurra os pais para fora a fim de ganharem a vida, mas os faz perder seus filhos dentro de casa.
De que adianta fazer grandes manifestações, abaixo assinados para mudar o quadro atual se como pais ou responsáveis não estão dispostos a terem mais tempo com os filhos e família? A mudarem a si mesmos? A terem mais tempo para ensinar seus filhos?
A busca pela prosperidade tira os pais da presença dos filhos e os abandonam diante da internet.
Quando os pais se convertem aos filhos, os ouve, os compreendem, sabem o que pensam e como veem a vida. Seus filhos já estão ouvindo sobre essas novas opções da sexualidade na escola, entre amigos. A pergunta é: Ele ouve de você?
Vocês sabem o que seus filhos adolescentes pensam sobre esses assuntos? Como veem os homossexuais, ou transgêneros e etc.?
Diante das profecias não compreendidas por Daniel que mostravam toda devastação que aconteceria com Israel a revelação que lhe chega é: “mas o povo que conhece a Deus resistirá com firmeza” (Dn 11:32).Lhe é dito que virá um que não considerará os deuses dos seus antepassados nem mesmo o desejo pelas mulheres. Mas o que é dito para Daniel é: Siga o seu caminho até o fim (Dn 12:8,9,10,13).
Nossa parte principal é voltar ao evangelho vivido e ensinado no lar. A única forma eficiente de proteger nossas famílias.
Vamos ajudar a transformar a sociedade? Então se ocupe de ensinar o evangelho a filhos e amigos. É desse jeito.