Vivemos tempos muito conturbados e confusos dentro do meio evangélico. Tempos em que não sabemos quem é quem de verdade. (A parábola sobre o joio e o trigo ensinada por Jesus).
O que de verdade somos a ponto do mundo dizer, como disse à geração dos primeiros cristãos no livro de Atos: “Esses homens (discípulos de Jesus), estão aqui transtornando todo o mundo” (At.17:6).
Para o mundo olhar para a Igreja e dizer: Estes são filhos de Deus e discípulos de Jesus só será possível quando tivermos a identidade de Cristo formada em nós, no modo de viver, de se relacionar com o próximo, de criar nossos filhos, de nos relacionarmos com o nosso cônjuge, etc.
Será que Jesus ao chegar à terra, precisou de alguma coisa para iniciar seu ministério e ser reconhecido como o Messias enviado de Deus? Conforme o que se lê no Novo Testamento, sim. Ele precisou da ação e do poder do Espírito Santo agindo em sua vida (L.4:1,14,18).
Jesus só começou seu ministério depois de ser cheio do Espírito Santo (Lc.4:4). No entanto, nós às vezes somos muito racionais, programamos tudo na força da capacidade e do talento humano. Confundimos viver a vida cristã com os pés no chão da vida, com viver o cristianismo com os pés atolados na pura razão. O que se lê no livro de Atos é uma igreja que vivia debaixo do poder do Espírito Santo, a tal ponto que ao orarem coisas extraordinárias aconteciam.
Tem coisas que, como igreja de Jesus, não compete e nem depende nós fazermos, é pura ação de Deus. Arrumamos demais para mostrar ao mundo que somos de Deus, e esquecemos que o mundo precisa reconhecer em nós que o que temos não é da terra, vem de cima e de Deus.
Para sermos cristãos relevantes nesta sociedade racionalista é fundamental que o mundo veja também, que há em nós algo sobrenatural, que não é coisa da terra. (Ex. Nicodemus viu isto em Jesus).
Eu não acredito num Cristianismo em que não se experimenta o sobrenatural de Deus, manifestado pelo agir do Espírito Santo no nosso homem interior. Por medo dos excessos e da dependência das emoções, a gente foge do sobrenatural de Deus e vai de um extremo para outro. É preciso termos equilíbrio, ou seja, não é expressar simples emoção e descontrole, mas desejar viver sob a ação direta de Deus.
Jesus ao descer da Galiléia, desceu no poder do Espírito Santo e sua fama foi grande e se espalhou. Há uma fama santa, que o mundo precisa vê nos filhos de Deus. Algo que o cristão tem e que o mundo e a terra não podem dá, porque vem de cima: A fama de ser reconhecido como um homem de Deus.
Como seremos e devemos ser famosos? Só há uma fama que agrada a Deus, a fama que faz a gente viver debaixo do poder do Espírito Santo e que mata a nossa grandeza e engrandece o nome de Cristo. A fama que não tem fome de aplausos, mas da presença do Senhor.
A essência da mensagem de Jesus é: Sejam meus imitadores e vivam debaixo do poder do Espírito.
Como cristão alguém te admira de que? Porque o mundo vê o poder do Espírito Santo transformando seu modo de viver (Ser), ou porque você tem coisas que o mundo oferece (Ter)? Você é elogiado pelo tipo de vida que vive como esposo, pai, servo, discípulo de Cristo, etc., porque é guiado pelo Espírito?
É necessário abrir a alma e o coração para Deus agir, e isto significa viver totalmente sob a direção e ação do Espírito Santo.