“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”.
A graça é algo que é próprio de Deus, mas deve ser encontrada em nós seus filhos.
Esta é a história de José filho de Jacó.
José era de família com 12 irmãos com 4 mães diferentes. Ele era queridinho do papai e o dedo duro da família, além de ser um sonhador. Seus sonhos deixavam os seus irmãos irados, pois dava uma indicação de que eles se dobrariam diante dele, e até mesmo seus pais.
Por inveja seus irmãos pretendiam matá-lo, mas na ultima hora resolveram vendê-lo a uns mercadores de escravos que o levaram ao Egito.
No Egito José foi servir a Potifar chegando a ser administrador na sua casa. Mas, acusado injustamente foi para cadeia onde se tornou uma espécie de encarregado. Durante o tempo que passou lá além do trabalho de encarregado, ele interpretava sonhos. José ficou lá até que interpretou o sonho de Faraó e foi colocado na alta posição de governador do Egito sendo menor apenas que o Faraó e o seu nome dado pelo Faraó foi Zafenate-Panéia (preservador da vida).
A fonte de graça começa a jorrar
A vida sempre nos oferece oportunidade de nos vingarmos, nós é que decidimos o que fazer.
Houve fome em toda terra e os seus familiares tiveram que comprar comia no Egito o que possibilitar estarem de frente com José.
José tinha todos os motivos para acumular ressentimentos em seu coração e ser um homem amargo e vingativo, mas não foi o que fez.
José sofreu muito, mas a sua percepção da vida o preservou no meio dos seus dramas.
Quando não temos uma percepção da vida em de acordo com o evangelho nos brutalizamos
Se maltratados desejamos dar o troco. Se injustiçados desejamos que Deus castigue quem nos ajustiçou.
Salomão disse: “Não diga: Eu o farei pagar pelo mal que me fez. Espere no Senhor e ele dará a vitória a você (Pv.20:22).
A reação de José foi:
“Não foste vós que me enviaram ao Egito, foi o próprio Deus e com o fim de preserva-los” (Gn.45:4-5,8).
José porem não se viu nem como vitima dos irmãos e nem mesmo de Deus. Qualquer um que se põe como vitima será contaminado pela amargura e o ressentimento.
Quem se torna fonte de Graça?
1. Quem mantem a sua força e fé meio as dores e decepções
(“Se você vacila no dia da dificuldade, como será limitada a sua força!” – Pv.24:10). José continuou lutando pela sua vida mantendo o seu relacionamento com Deus.
Deus não promete explicações, promete andar conosco.
2. Quem não se deixa contaminar pelos ressentimentos e pelas amarguras.
Quem vive assim não se vê como vitima seja do sistema seja de Deus. José continuou aproveitando as oportunidades que a vida lhe dava.
3. Quem aprende a passar no meio das dores e não permite que não destrua sua alma e os seus sentimentos.
José mesmo sendo rejeitado pelos seus irmãos ele não se embrutecer tornando-se sem misericórdia. José não deixou de amar a sua família.
4.É aquele que crê na soberania de Deus sabendo que “os olhos do Senhor passam por toda terra para mostra-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele”.
5. Aquele que crê que Deus cuida da sua historia que ela não está pronta “pois quem começou a boa obra há de completa-la”.
A graça de Deus algumas vezes é incompreensível, pois faz sofrer uns para outros serem preservados.
A graça muitas vezes passa por uma via dolorosa. Foi assim com Jesus.
Ele sofreu, morreu para que fossemos alcançados e perdoados.
José se tornou fonte de graça porque não deixou seu coração se contaminar pela amargura, mas deixou-se moldar pela dor e decepção e por isso se tornou um tipo de Cristo.
Deus usa até o mal feito por outros para nos transformar em pessoas melhores.
O mal pode destruir você ou fazer de você uma pessoa melhor, depende de como o encara ou como vê a vida.
O mal, as dores, as decepções, podem te fazer uma pessoa mais parecida com Jesus e te transformar em uma pessoa cheia de graça.
O que importa mesmo é que sejamos despenseiros da graça de Deus, fonte de graça para vida de outros.