Esse não é um texto sobre guerra espiritual. Não se trata de um ensino sobre como expulsar demônios ou sobre onde habitam os demônios. Não é uma teologia sobre o porco como animal imundo ou mesmo sobre nomes de demônios.
Trata-se de Jesus indo de encontro a um ser humano que precisa ser liberto. Era Jesus fazendo a obra que veio fazer, salvar quem se havia perdido.
O clímax desse quadro é o envio do ex-endemoninhado para sua casa a fim de contar o quanto Deus lhe fez – É uma ordem para voltar e ajudar outros com sua experiência.
Não é fácil voltar para os que viram e sabem de suas dores
Aquele homem provavelmente tinha tudo para não voltar aos seus por vergonha, por reação ao abandono. Mas ele deixou tudo de lado e usou a sua dor como ponto de partida para ajudar outros.
A vida não é um mar de rosas, mas pode ser bela. Enquanto há vida, há esperança.
As dores não nos tornam menores, inferiores, não abençoados, apenas expõe nossa humanidade, nossa fragilidade.
As dores podem nos ajudar a ser agente de transformação na vida de outros.
Quando a vida nos coloca em situações difíceis é para construir um caráter firmado.
“Não choro pelas tristezas, choro pela emoção. A emoção me faz chorar, a tristeza me faz crescer” (Virginea D. Carneiro)
Muitos vivem suas dores às escondidas e fazendo assim não se permitem abençoar outros lhes mostrando o caminho.
Os ex-drogados não contam suas derrotas com a droga para evitar que outros sejam derrotados.
As moças que engravidam não contam como foram ou levianas ou enganadas a fim de outras não caírem na mesma esparrela.
Os que se desviaram não contam como é difícil o retorno à comunhão dos irmãos.
Você que passou por um divorcio fale das suas dores para que outros que estão em crise repensem esse caminho.
Escondemos nossas dores com medo de sermos ou julgados ou rejeitados.
Escondemos a nossa vulnerabilidade tentando mostra apenas a nossa força.
Ensina-nos a contar os nossos dias – Aprender com as experiências da vida nos torna gente mais sábia.
A exposição das feridas de Jesus nos trouxe cura – Pelas pisaduras de Jesus é que fomos sarados (Is 53:4-11)
Este texto mostra toda humanidade de Jesus e por isso foi julgado como castigado de Deus.
Se as feridas de Jesus não fossem expostas jamais seriamos curados – “Quando eu for levantado a todos abençoarei”.
A exposição de Jesus na cruz foi necessária. Ele não podia morrer às escondidas. Tinha que ser público.
Em nossas tribulações somos consolados para consolar com a mesma consolação que recebemos de Deus – As dores de Paulo abençoaram a igreja (2Co 1:3-5).
O apostolo Paulo mesmo sob muitos sofrimentos nunca desistiu de continuar ministrando o evangelho para abençoar outros (2 Tm 1:12).
Não permita que a dor o leve a desistir da vida. Trate-a como uma ilustre lembrança de que contínuas vivo e assim poderá fortalecê-lo a viver apesar dela.
O grande segredo da vida não é passar o cálice que temos que beber, mas é que seja feita a vontade do Pai.